O vice-presidente e ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a maximização da alíquota para 35% visa conter o avanço das importações e fortalecer a indústria nacional. A Anfavea, autora da proposta, destaca a necessidade do aumento para evitar desequilíbrios no comércio exterior que prejudiquem produção, investimentos e empregos locais.
Até 2023, os carros elétricos eram isentos do imposto, até que o Governo Federal criou um cronograma para a retomada gradual do imposto de importação sobre estes veículos. Atualmente, a alíquota varia entre 18% e 22%, a depender do grau de eletrificação do modelo, e a expectativa era de que a alíquota fosse maximizada a 35% em 2026, mas a busca pelo incentivo ao desenvolvimento da cadeia automotiva nacional apressou o Governo para estudar possibilidade de aplicação da alíquota máxima a partir de julho de 2025.
A crescente majoração da alíquota do Imposto de Importação para os carros híbridos e elétricos desde 2023 foi um dos grandes fatores para a queda de 51% na importação de veículos elétricos no 1º trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado. Foram importados o equivalente a US$ 428,7 milhões nos primeiros 3 meses deste ano, grande redução em relação aos US$ 874,6 milhões neste período em 2024.
Essa medida de contenção para a “invasão” dos carros elétricos importados afeta a diretamente a comercialização dos veículos chineses. Em 2024, 84% do total de veículos elétricos importados eram chineses. Entre os híbridos, 64% são da China.
A redução também se deve ao alto estoque acumulado pelas vendedoras aqui no Brasil, que aproveitaram a janela de baixas tarifas para importarem em massa. As chinesas BYD, Chery, GWM e JAC podem encontrar outras alternativas para ultrapassarem essa barreira, mas, a curto prazo, é esperada uma redução na expansão destas marcas no Brasil.